quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Entre a ilha da vaidade e a ilha do diálogo.

Como parte do trabalho “Criança, a alma do negócio”, compartilho com vocês um texto de autoria das jornalistas Mariana Kotscho e Roberta Manreza, apresentadoras do programa “papo de mãe”, que vai ao ar todo domingo pela tv Brasil.

“Na sociedade de consumo em que vivemos nem as crianças escapam... Ao contrário, elas são um dos alvos preferidos da publicidade e da propaganda. De acordo com o Painel Nacional de Televisores do Ibope/2007, a criança brasileira passa, em média, quase cinco horas por dia em frente à televisão. E a publicidade na tv é a principal ferramenta do mercado para atingir o público infantil. Só para se ter uma ideia, as crianças influenciam 80% das decisões de compra de uma família, segundo o Instituto de Pesquisa TNS Interscience. Ou seja, carros, roupas, alimentos, eletrodomésticos, quase tudo dentro de casa tem por trás o palpite de uma criança...
Neste tipo de sociedade consumista, o que se valoriza é aquilo que se tem. O resultado é que muitas famílias acabam gastando mais do que podem para satisfazer os desejos materiais dos filhos. E um dos principais motivos pelos quais isto acontece é que os pais, por não terem tempo suficiente para os filhos, acabam compensando esta ausência com presentes. O que não é nada saudável. Tempo pode significar "dinheiro" para os adultos, mas no universo infantil tempo significa atenção e afeto. A criança não precisa ter o tênis da marca “X” ou o brinquedo mais caro para ser feliz. Ela precisa é de carinho e dedicação.
O consumismo é um hábito dos tempos modernos que, muitas vezes, pode se tornar uma doença. Por isto, é de extrema importância que os pais, desde cedo, tenham consciência e bom senso ao satisfazer os desejos materiais dos filhos."  
http://www.papodemae.com.br/2009/12/crianca-alma-do-negocio.html

Após assistir o vídeo e ler esse comentário, sugiro a seguinte idéia: imagine nossas crianças vivendo numa ilha de vaidades, cercadas de marketeiros por todos  os lados. 
Crianças sozinhas com suas babás eletrônicas...
Inevitavelmente teremos mentes transformadas por desejos e prazeres que muitas vezes são inatingíveis.
Todo cuidado é pouco.
O filtro é a nossa atenção na vida desses pequenos.
Não podemos fugir desse mundo. Não podemos fechar os olhos.
Mas afirmo que é possível voltar nossa atenção para esse assunto, favorecendo atitudes para uma vida mais saudável, com relações humanas próximas, onde nossa ilha seja a família, cercada de diálogo por todos os lados.


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